quarta-feira, 8 de abril de 2009

Brasil, um país de vírus e ladrões... virtuais


Calma, não se desespere, não é um post reclamando da corrupção. Saiu nesse artigo, na BBC, o mapa dos países mais afetados por vírus e malwares diversos. Como já era de se esperar, o Brasil é uma das maiores vítimas dessas pragas, não só em computadores pessoais, mas às vezes em máquinas de uso compartilhado e muitas vezes promíscuo (por exemplo, lan houses).

A parte mais interessante é:

More than 91% of attacks exploiting vulnerabilities in Microsoft Office were using security holes that had been plugged by updates that had been available for more than two years.

(Mais de 91% dos ataques que exploravam vulnerabilidades no Microsoft Office estavam usando falhas de segurança que já tinham sido corrigidas por atualizações disponíveis há mais de dois anos)

Se lembrarmos que Windows e Office pirata não atualizam sem gambiarras, e se lembrarmos que por mais que tenhamos sistemas à prova de idiotas, a Natureza sempre se encarrega de produzir um idiota melhor, basta ligar os pontos e ver as causas do problema. Em especial, a segunda é crítica.

Por trás de um clique aqui para ver minhas fotos da festa ou você ganhou um prêmio, clique aqui para receber, há uma extensa rede de engenharia social, que encontra na maioria recém-incluída digitalmente (muitas vezes sem conhecimento além de entrar no MSN e no orkut e fazer downloads) suas vítimas, usando como arma máquinas desatualizadas e mal-configuradas, às vezes com a mentalidade isso é problema dos outros.

E às vezes, até mesmo no usuário que quer parecer entendido e decide procurar, nos cantos mais profundos da internet, um crack de procedência e limpeza duvidosas para um programa ou jogo (e ironicamente são esses mesmos que reclamam da dificuldade que é usar software livre, mas isso é tema pra outro post).

De nada adianta o administrador de sistema ou técnico colocar milhões de ferramentas de segurança em uma máquina ou na rede se o usuário vai simplesmente ignorar seus alertas e tratá-los "como uma chatice", desativando o anti-vírus e usando um proxy para burlar as restrições de navegação da rede. Talvez isso esteja óbvio: o culpado pela infecção, quase sempre, é o usuário. Ou tratamos o maior dos problemas ou podemos nos orgulhar tristemente de sermos um dos países mais afetados por ladrões... virtuais.

Um comentário:

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