- Segunda-feira: Começam as aulas. O primeiro período foi de Cálculo, com um professor que inventou uma história enorme: tinha feito seu mestrado no ITA e trabalhado na NASA, e passou uma bibliografia, mandando fazer "os exercícios 1 a 15 pra próxima aula" mas na prática não teve aula, foi só o trote, em uma fazendinha lá onde Judas perdeu as botas, as meias e talvez as calças. Antes que alguém pense besteira: é ENGENHARIA, curso com - infelizmente - menos de 10% de participação de mulheres. Ah, e o professor fez o mestrado na UFSM mesmo, planeja começar o doutorado no ITA no meio do ano, e o livro que ele recomendou não existia.
- Terça-feira: Um pouco mais de aula. Algoritmos, foi uma introdução à matéria, "o que é essa porra? é de comer?". Aulas práticas, de laboratório, não houveram. Química a professora decidiu falar sobre a origem dos elementos químicos. Na introdução à Engenharia Elétrica (daqui em diante referir-me-ei a ela como EE) discutimos um pouco sobre o perfil de um bom engenheiro. Experimentei o boteco que alguns chamam de RU. A comida é decente, mas as filas são decadentes. Pior que fila de hospital público, garanto, pois o prédio onde estudo é quase na frente do hospital :)
- Quarta-feira: vai começar a baixaria. Só tinha um período, o de Cálculo. Chegamos lá e cadê a aula? Fomos até o Dept° de Matemática, onde fomos recebidos com a maravilhosa mensagem MTM1019 (código da matéria): Não haverá aula hoje por falta de sala. POR FALTA DE SALA! Sendo que havia diversas salas vazias! Resultado, 2 passagens jogadas fora.
- Quinta-feira: Também não houve muita coisa. Introdução ao desenho técnico, uma lista de instrumentos a serem comprados, e na introdução à organização de computadores, o professor passou a lista de conteúdos que serão abordados. E só. Visitei a Biblioteca Central. Lugar com livros, jornais, periódicos científicos e terminais de consulta que vivem dando pau, e que rodam um Linux minimo, usado para acessar um servidor Windows que roda apenas um programa, que nada mais é que um "mini-browser" que só navega no sistema da biblioteca. Não é mais fácil simplesmente colocar um Firefox capado no Linux?
- Sexta-feira: Em Cálculo, começamos a rever o conceito de função, de forma a podermos introduzir o estudo dos limites. E em Algoritmos, começamos a ver a coisa conhecida como Português Estruturado. A linguagem que a professora decidiu adotar é C, e o compilador/IDE que ela quer que usemos roda em Windows. Espero que ela não implique com alguém que desenvolve usando o gcc e o vim. Também explorei a biblioteca central, indo na seção de periódicos. Revistas técnicas dos anos 60 e 70, inclusive coisas da época da União Soviética. Pena que não há serviço de scanner lá, senão teria escaneado algumas páginas para vocês. Também usei a biblioteca do Centro de Tecnologia. Livros técnicos de todos os tipos, inclusive alguns catálogos de equipamentos da HP de ... 1983 a 1987. Manuais do Windows 3.11, CP/M, DOS, CDs do Windows 95 e Red Hat 5.2, entre outras velharias tecnológicas. Disquetes. Fitas VHS. Um verdadeiro museu. Também estão disponíveis 2 PCs com Windows 98 e Firefox 1.0 (!), usados como terminais de consulta.
Opiniões e considerações sinceras sobre temas diversos, vindas de um engenheiro que escreve nas horas vagas (ou o contrário).
quinta-feira, 12 de março de 2009
Experiências de uma semana na UFSM
Como todos sabem, nessa semana começaram as aulas da UFSM, onde eu comecei a cursar Engenharia Elétrica. Vamos a um pequeno resumo da semana:
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Não são lidos e não me responsabilizo pelo conteúdo deles.