sexta-feira, 30 de janeiro de 2009

Não está no cabelo

Ser headbanger (porque "metaleiro" é quem faz panela :) não é ter cabelo comprido, não é ser um dicionário de bandas, nem saber a cor da cueca que o baterista usava no primeiro show da sua banda preferida. Não é arranjar confusão com os ouvintes de outros estilos.

Não é achar que o seu gênero de metal é o único "que presta", nem andar sempre de preto, nem colecionar LPs e CDs, nem conhecer 20 mil bandas diferentes, nem querer ser "true", nem chamar os outros de "poser" ou "false" por não terem todos os demos de uma banda norueguesa desconhecida, e muito menos contar quantas notas por segundo o guitarrista X faz, para poder comparar com o guitarrista Y.

É bem menos do que isso: é gostar de metal, nos seus variados estilos. É ir para um show não para brigar ou para mostrar o quanto é "tr00", mas sim para se divertir e curtir a música. É ouvir uma banda não porque todos os seus amigos ouvem, mas sim porque gosta do som. É respeitar os ouvintes de outros estilos, desde que a recíproca seja verdadeira. É conhecer o que ouve e ter um significado pessoal para cada música.

Não "louvamos o demônio", como alguns fanáticos imaginam, de forma totalmente preconceituosa. Pelo contrário, muitos de nós seguem religião, e não há contradição nenhuma em ser headbanger e acreditar em algo ou em nada, é uma liberdade que todos nós temos e que deve ser respeitada.

Nosso estilo não define nossa opção sexual, nem nos transforma em psicopatas ou terroristas, tampouco "vagabundos" ou incapazes de realizar atividades. Muitos de nós levam vidas normais, trabalhamos, estudamos, temos nossos direitos e nossos deveres, como qualquer outra pessoa. Não discriminamos, logo, não nos discrimine, se queremos ser respeitados é porque respeitamos, e vice-versa.

Antes de nos criticar por "ouvirmos barulho", por favor, não julgue sem conhecer, saia da superficialidade, leia as letras da música e procure o significado delas, então você verá que o "barulho" que ouvimos tem um conteúdo diverso (ao contrário de muitos dos barulhos atuais, apenas com fins comerciais e de lavagem cerebral).

Ser headbanger não é uma moda, é uma personalidade. Não é algo que se compra em uma loja ou que se ganha deixando o cabelo crescer, mas sim algo que se desenvolve com o tempo. Não é para mentes fechadas e nem para pessoas que insistem nas piores formas de ignorância: a alienação e o preconceito. E, mesmo que tentem nos derrubar, não deixaremos de representar este estilo que é o Metal.

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